
Religioso franciscano espanhol nascido na região rural de La Gudiña, Orense, que fez fortuna como empresário no México, construindo estradas e explorando negócios com meios de transporte e que, posteriormente, com mais de 70 anos, entrou para a Ordem Franciscana e tornou-se um generoso benfeitor dos pobres, distribuindo sua riqueza. 
 De origem campesina, era o terceiro filho dos lavradores Juan Aparicio e Teresa Prado, e cresceu analfabeto, trabalhando os animais domésticos da fazenda, na agricultura da terra e em profunda religiosidade. 
 Depois da morte dos pais assumiu os serviços da fazenda, mas ao ouvir as histórias do Novo Mundo, passou a sonhar com a América. Aos 20 anos decidiu-se pela aventura e partir para novos caminhos onde pudesse ganhar dinheiro e para melhorar a situação econômica de seus parentes. Partiu para Castilla, depois Padornelo, Sanabria e Zamora até chegar a Salamanca. Desinteressado por estudos, trabalhou duro enquanto a idéia de ir para a América não lhe abandonava.Finalmente (1533) embarcou no porto de Sanlúcar de Barrameda, como faziam naquela época milhares de aventureiros, soldados, mercadores, lavradores, missionários etc, para a Nueva España, em busca do eldorado americano.Depois de três meses de navegação desembarcou em Vera Cruz e seguiu para a nova cidade fundada (1531) pelo franciscano Toribio de Benavente para receber os imigrantes: Puebla de los Angeles.
Começou como lavradores com a facilidade e a abundância de terras logo prosperou com suas pastagens e aumentando o rebanho de bovinos e cavalos. Dois anos depois (1535) percebeu o filão e começou a investir no transporte de mercadorias e passageiros entre Vera Cruz, Publa, Cidade do México e outras localidades e assim transformou-se no primeiro empresário do ramo na história do país. 
Muito doente, resolveu não mais se casar e se dedicar aos pensamentos cristãos e se retirou para o convento franciscano de Tlalnepantla e começou a distribuir suas riquezas entre os pobres. Dou, por exemplo, 20.000 pesos (1573) para o convento das Pobres Clarissas da Cidade do México. Vestiu (1574 ) o hábito franciscano, como noviço, no convento de San Francisco de México.
 Viveu o resto de seus dias pregando e praticando caridade, humilde e infatigável, enquanto sofria de uma doença nunca identificada. 
Morreu em Puebla de los Angeles (1600) e foi sepultado no convento local de San Francisco, onde seu corpo que hoje se encontra exposto em uma redoma transparente, misteriosamente não se decompôs, gerando romarias e venerações. Foi beatificado pelo papa Pío VI el 17 de maio (1789) e sua festa votiva é comemorada no dia 25 de fevereiro.
Reportagem sobre o Milagre:
