segunda-feira, 10 de julho de 2000

Santa Verônica Giuliani


Ursula Giuliani nasceu em Mercatello de Urbino, no ano de 1660. Aos sete anos de idade, ingressou no convento capuchinho de Citá de Castelo, onde posteriormente tomaria o nome de Verônica. Já em sua infância foram observados nela sinais de  futura santidade.   Ainda menina,   trazia  no coração  grande  amor  à Nossa  Senhora  de forma  que   a  penitência, a mortificação  e  seu  empenho sincero na caridade para com os mais  necessitados lhe imprimiam na  alma verdadeira  santidade. Após a profissão, aumentou sobremaneira sua devoção à Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.



                                                   Sua personalidade, inicialmente,  pendia  para  o mal da teimosia, que  acabava  culminando  em desabafos e  violentas explosões de ira. Com a graça divina,  porém, a  sua energia  individual  conseguiu  vencer  estes defeitos e veio a ser a religiosa mística que representa uma verdadeira glória  para os membros de sua  Ordem, conseqüentemente para toda a santa Igreja. 



                                                   Foi agraciada com a visão de Jesus Cristo com a cruz nas costas. A partir disso, passou a sofrer uma aguda dor no costado.  Em 1693, teve outra visão na qual o Senhor lhe deu a tomar o cálice;  Verônica o aceitou e, desde aquele momento, os estigmas da Paixão começaram a gravar em seu corpo e sua alma. No ano seguinte apareceram sobre sua fronte as marcas da coroa de espinhos e no ano de 1697 formaram-se em seus membros as  cincos chagas de Nosso Senhor, precisamente numa Sexta-feira Santa, distinção esta  que  lhe trouxe  dolorosas  provações.  



                                                   Durante 34 anos desempenhou em seu convento o cargo de mestra de noviças. Onze anos antes de sua morte foi eleita abadessa.  Formava a suas noviças com o exercício de perfeição e virtudes cristãs.  Ao final de sua vida, Santa Verônica, que durante quase 50 anos havia sofrido com admirável paciência, resignação e alegria, se viu acometida de uma apoplexia.  Morreu em 9 de julho de 1727.  Deixou escrito um relato de sua vida e suas experiências místicas, que foi de grande utilidade no processo de beatificação. 


Antes de sua morte, havia dito ao seu confessor que os instrumentos da Paixão do Senhor estavam impressos em  seu coração. Lhe desenhou seu próprio coração, representando estes instrumentos, pois dizia que os sentia porque mudavam de posição. 


Ao fazer-lhe a autópsia, na qual esteve presente o bispo, o alcaide e vários cirurgiãos,  descobriu-se uma série de objetos minúsculos, que correspondiam aos que a santa havia desenhado. Seu corpo se conserva incorrupto junto ao Mosteiro de Santa Verônica, na localidade de Cittá di Castello, Umbria - Itália.  



Reflexões:
A história nos deixou registrado que Santa Verônica, apesar de suas  virtudes adquiridas em idade recente,  teve  também  fraquezas humanas e  pelo seu temperamento era  conhecida como  pessoa  teimosa e  que  facilmente deixava-se levar por  explosões de ira.  Era, portanto, uma mulher  comum na vida cotidiana, porém, os atos de fidelidade e devoção cristã permitiram o florescimento das mais belas virtudes na absoluta compreensão das coisas de Deus, alcançando a santidade em elevadíssimo grau.  Peçamos a intercessão de  Santa Verônica para que possamos, como ela,  vencer nossos  defeitos e vícios agregados em nossa peregrinação terrestre.  










Fonte: http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/jul/ver0907.htm