Exumação de São João Bosco
É um dos Santos mais populares da Igreja e do mundo. Foi sua missão específica a educação cristã da juventude, num tempo em que essa porção da sociedade humana começava a ser atacada por novos e perigosos inimigos.
Para o desempenho da sua missão salvadora, jamais o Céu lhe faltou com extraordinários dotes humanos e sobrenaturais.
Padre, educador, desenvolveu a educação infantil e juvenil e o ensino profissional, sendo um dos criadores do sistema preventivo em educação. Dedicou-se também ao desenvolvimento da imprensa católica. É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco de Sales, conhecida por salesianos, co-fundador da congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, conhecidas por irmãs salesianas e fundador da Associação Internacional dos Cooperadores Salesianos.
Falecido em Turim, no dia 31 de Janeiro de 1888. De lá, até hoje já são mais de 110 anos em que seu Corpo se conserva Intacto na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora em Turim, Itália.
Foi canonizado em 1 de abril de 1934 pelo Papa Pio XI, sendo o padroeiro dos jovens e dos aprendizes. Seu dia é celebrado em 31 de janeiro.
"A luz resplandece para o justo, e a alegria é concedida ao homem de coração reto." Salmos 97, 11 * "O Senhor está longe dos maus, mas atende à oração dos justos." Provérbios 15, 29 * "O caminho dos corretos consiste em evitar o mal; o que vigia seu procedimento conserva sua vida." Provérbios 16, 17 * Blog Católico Apostólico Romano
segunda-feira, 31 de janeiro de 2000
quinta-feira, 27 de janeiro de 2000
Santa Ângela Mérici
Ângela Mérici nasceu em 1470, na cidade de Desenzano, no norte da Itália. O período histórico era o do Renascimento e da Reforma da Igreja, provocada pela doutrina luterana. Os pais eram camponeses pobres e muito religiosos. E desde pequena, ela teve seu coração inclinado pela vida religiosa, preferindo a leitura da vida dos Santos.
De fato, sua provação começou muito cedo, na infância, quando ficou órfã de pai. Logo em seguida perdeu a mãe e a irmãzinha, com quem se identificava muito. Assim, ela foi viver na casa de um tio, que a havia adotado, mas que também veio a falecer. Voltou à terra natal. Depois de passar dias e dias chorando, com apenas treze anos, pediu para ingressar num convento, entrando para a Ordem Terceira de São Francisco de Assis.
Ângela tinha apenas o curso primário e chegou a ser "conselheira" de governadores, bispos, doutores e sacerdotes. Os seus sofrimentos, sua entrega à Deus e a vida meditativa de penitência lhe trouxeram, através do Espírito Santo, o dom do conselho, que consiste em saber ponderar as soluções adequadas para todas as situação da vida.
Ela também, percebeu que naquele momento histórico, as meninas não tinham quem as educassem e livrassem dos perigos morais, e que as novas teorias levavam as pessoas a querer organizar a vida como se Deus não existisse. Para lutar contra o paganismo, era preciso restaurar a célula familiar. Inspirada pela Virgem Maria, fundou a Comunidade das irmãs Ursulinas, em homenagem a santa Úrsula, a mártir do século IV, que dirigia o grupo das moças virgens, que morreram por defender sua religião e sua castidade.
Ângela acabou se tornando a portadora de uma mensagem inovadora para sua época. Organizou um grupo de vinte e oito moças, para ensinar catecismo em cada bairro e vila da região. As "Ursulinas" tinham como finalidade a formação das futuras mães, segundo os dogmas cristãos. Ângela teve uma concepção bastante revolucionária para sua época, quando se dizia que uma sólida educação cristã para as moças só seria possível dentro das grades de uma clausura.
Decidiu que era a hora de fazer a comunidade se tornar uma Congregação religiosa.Consta, pela tradição, que antes de ir à Roma para dar início a esse projeto, quis fazer uma peregrinação em Jerusalém. Assim que chegou, ficou cega. Visitou os Lugares Sagrados e os viu com o espírito, não com os olhos. Só recobrou a visão, na volta, quando parou numa pequena cidade onde existia um crucifixo milagroso, foi até ele, rezou e se curou. Anos depois, foi recebida pelo papa Clemente VII, durante o Jubileu de 1525, que deu início ao processo de fundação da Congregação, que ela desejava.
sábado, 22 de janeiro de 2000
São Vicente Pallotti
Presbítero e Fundador da Pia Sociedade do Apostolado Católico e da União do Apostolado Católico
Vicente Pallotti nasceu em Roma no dia 21/04/1795.
“A fim de acender o fogo do amor em todos os corações, a divina providência deixou os homens estes meios: orações, obras de serviço Evangélico e todas as demais obras que conduzem a este fim, bem como os meios temporais para isto necessários e adequados”.
“Procura a Deus e irás encontrá-lo Procura-o sempre, irás encontrá-lo em tudo”.
Tinha o dom de prever acontecimentos futuros: previu a eleição do Cardeal Capellari como Papa, com o nome de Pio IX;
Também tinha o dom de ler as consciências e os corações. Quando as pessoas aflitas vinham até ele para pedir-lhe conselhos ou uma luz para suas vidas, antes que elas apresentassem suas dificuldades, ele ia dizendo tudo o que se passava, dando conselhos acertados e apropriados a cada caso.
Visita ao Papa Pio IX
Um dia, foi visitar o Papa Pio IX, já seu velho amigo. O Papa, olhando com carinho para Padre Vicente, lhe perguntou:
-Está contente, Padre Vicente?
E, notando que não estava plenamente feliz, diz a todos:
-Vocês veem. Eu sabia que o Padre Vicente não estaria de modo algum satisfeito. Estar satisfeito é parar no caminho.
Contra a preguiça
“Não sejamos preguiçosos nem dorminhocos, nem entregues ás seduções do mundo”.
Morte
O médico diagnosticou uma pleuresia, doença grave, porque tinha os pulmões bem debilitados. O Padre Vaccari, o sucessor na direção do Apostolado Católico, disse-lhe apreensivo:
- Padre Vicente, se o senhor pedir a Deus que prolongue a sua vida, Ele o escutará. Vicente, olhando-o com muita bondade respondeu-lhe:
-Deixa-me ir para onde Deus me chama.
Era o dia 22 de janeiro de 1850, às 21h45. Padre Vicente partia feliz e rico em merecimentos para a Casa do Pai.]
São Vicente Pallotti e a Devoção Mariana
Grande devoto de Maria Santíssima.
“A devoção a Nossa Senhora consiste antes de tudo em imitar seu filho e dele aprender a imitá-lo. Promoverei com todos os meios a devoção a Maria, minha mais que enamoradíssima Mãe”.
“Quando escrevo ou falo de Nossa Senhora, particularmente na minha pregação, quero dar à Santíssima virgem os títulos mais augustos. Sou indigno de amá-La, mas, pela misericórdia de Deus e os méritos de Jesus Cristo, desejo obter a graça de amá-La e desejo amá-La com o mesmo amor que Deus a ama”.
“Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Cantarei eternamente as misericórdias de Maria. Meu Deus e meu Tudo”!
“Maria não é saudada com o título de rainha dos sacerdotes, dos bispos, do Papa, mas com o título de Rainha dos Apóstolos, porque está acima dos apóstolos. Ainda que não possua a jurisdição eclesiástica, concorreu mais que estes na propagação da fé e na dilatação do reino de Jesus Cristo: por isso, cada um no seu estado segundo as suas condições com confiança na graça pode cooperar na propagação da fé e merece o título de apóstolo. Tudo o que fizer para tal fim será apostolado”.
“Nossa padroeira, Maria, poderia vos falar, mais ou menos, o seguinte: ‘Recordai-vos de que o meu Divino Filho vos recompensará no seu reino de glória, por cada pensamento, cada palavra, cada ação e cada pequena coisa com que tiverdes contribuído para a difusão da Santa Fé. Sim, Ele irá até vos coroar por toda a eternidade com a coroa gloriosa de seu apostolado, se, para este fim, fizerdes tudo quanto vos for possível. Decidi-vos a fazer o máximo possível para aumentar os meios adequados para a difusão da Santa Fé, sobretudo, por meio de jejuns e da oração humilde, confiante e perseverante.
Estejai atentos para não esmorecer na decisão.
Meus filhos, se Deus vos fez poderosos sobre esta terra, utilizai, então, este poder para a difusão, a conservação e o reavivamento da Santa Fé.
Sois instruídos?
Contribuí, então, o mais possível com o vosso conhecimento, a fim de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo, os mistérios da redenção e a lei do Evangelho se tornem conhecidos.
Sois ricos em bens terrenos?
Utilizai-os, então, tanto quanto puderes, para aumentar os meios para a difusão da fé. Aproveitai sem cessar, com todas as forças, até a vossa morte, tudo quanto vos recomendei e vossa recompensa será grande no reino da glória. Sim, Deus mesmo será vossa recompensa por toda eternidade’”.
Em honra da Mãe de Deus escreve três livrinhos, chamados “Mês de Maio”, dedicados aos sacerdotes, aos religiosos e aos leigos.
“A vida de Jesus Cristo seja a minha vida”.
No dia 22 de janeiro de 1950, Vicente Pallotti é beatificado pelo Papa Pio XII.
No dia 20 de janeiro de 1963, Vicente Pallotti é canonizado pelo Papa João XXIII, na Basílica de São Pedro, em Roma.
Fonte: São Vicente Pallotti – A Caridade de Cristo nos impulsiona – Frei Patrício Sciadini, Ocd – Edições Loyola. Coleção "Os Fundadores", 1995.
http://www.santosebeatoscatolicos.com/2014/01/22-de-janeiro-sao-vicente-pallotti.html
sexta-feira, 14 de janeiro de 2000
Santa Verônica de Binasco
Verônica foi e ainda é a própria imagem da humildade e dedicação a Deus e ao próximo.
Nasceu na pequena cidade de Binasco, em Milão, Itália no ano de 1445, era filha de lavradores do campo, pobres e muito religiosos. Assim, durante toda a infância e a juventude Verônica sonhava em entrar para um convento.
Aos vinte e dois anos, ingressou no Convento Agostiniano de Santa Marta, da sua cidade. Mesmo não sendo alfabetizada foi admitida, como irmã laica, trabalhando nos serviços mais humildes. Com muita dificuldade e dedicação aprendeu algum conhecimento escolar, assim, pode vestir o hábito de agostiniana e fazer seus votos perpétuos. Foi considerada um exemplo das mais altas virtudes, possuindo o raro dom da compreensão da complexidade da alma humana.
Com a orientação das irmãs, a prática da meditação e as orações diárias, ela desenvolveu uma profunda sensibilidade que apurou seu dom de profecia e o senso de dedução. Em pouco tempo falava sobre teologia e psicologia como poucas, embora nunca tivesse estudado os temas. A intensa vida contemplativa não a impediu de viver plenamente em contato com a comunidade, apoiando, ajudando e, principalmente, consolando os sofredores e enfermos.
Após alguns anos, à sua alma mística foram concedidas visões freqüentes. Verônica inclusive, viajou para Roma, onde foi recebida pelo Papa Alexandre VI, ao qual relatou uma aparição de Nossa Senhora. Os registros narram que ele a escutou com atenção, pois logo percebeu que estava na presença de uma santa.
Muitos anos antes de morrer, Verônica profetizou a sua hora com uma riqueza de detalhes que impressionava as demais irmãs. Tudo ocorreu exatamente como havia previsto, falecendo no dia 13 de janeiro de 1497, naquele convento.
Vinte anos depois, o Papa Leão X, concedeu a beatificação à irmã Verônica de Binasco, como era chamada pelos fiéis que lhe prestavam veneração em agradecimento à sua intercessão.
Seu culto foi estendido à toda Ordem dos Agostinianos, em 1672,
pelo Papa Clemente X, também devoto de Santa Verônica de Binasco.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2000
Beato Mamerto Esquiú
Foi frade, sacerdote, bispo, professor, jornalista e legislador reconhecido na Argentina.
Coração incorrupto do Beato Mamerto Esquiú
Fontes:
https://www.telam.com.ar/notas/202009/515670-fray-mamerto-esquiu-beatificado-catamarca.html
https://www.facebook.com/LiturgiayFC/posts/3035087293484893
quinta-feira, 6 de janeiro de 2000
Santa Rafaela Maria
Santa Rafaela Maria tinha quatro anos quando seu pai, Presidente da Câmara de Pedro Abad, tombou vítima de sua religiosidade e de seu heroísmo: ao cuidar dos doentes de cólera, ele próprio contraiu a doença. Sua viúva, mulher forte, passou a dirigir a família. Dedicou especial atenção na educação das "duas perolazinhas", como eram chamadas as duas únicas meninas, Rafaela e Dolores, esta última quatro anos mais velha que a irmã.
A educação recebida de sua mãe, uma mistura de solícita ternura e de suave exigência, fez amadurecer nela os melhores traços do seu temperamento. Ao chegar à adolescência, era uma criança precocemente reflexiva, doce e tenaz ao mesmo tempo, senhora de si, sempre disposta a ceder nos seus gostos perante os gostos dos outros.
Rafaela e a irmã, jovens finas, cultas, bem dotadas, podiam frequentar a melhor sociedade de Córdoba e Madri. Mas Rafaela, de joelhos diante do altar de São João dos Cavaleiros, em Córdoba, consagrou-se a Nosso Senhor com um voto de castidade perpétua aos quinze anos de idade. Isto aconteceu no dia da Anunciação de Nossa Senhora, a Escrava do Senhor. Mais tarde ela diria: "É tão formosa a flor da pureza!" Por uma coincidência providencial, a propriedade daquela igreja seria mais tarde entregue às Escravas do Sagrado Coração de Jesus, obra que Rafaela fundaria.
A morte da sua mãe, quando ela tinha dezenove anos, foi outro momento forte na reta trajetória da sua entrega a Deus. A partir de então se dedicou completamente aos mais carentes e não havia na povoação uma necessidade ou dor que ela não consolasse. Em tudo isto era acompanhada por sua irmã Dolores, que iria ser também sua companheira inseparável na fundação do Instituto das Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
Por caminhos inesperados, as duas irmãs viram-se convertidas em fundadoras. A 14 de abril de 1877 estabelecia-se em Madri a primeira comunidade das Escravas do Sagrado Coração de Jesus, dedicadas a adorar o Santíssimo Sacramento e a educar crianças e jovens, principalmente as pobres. Aprovadas pelo Cardeal Moreno, das dezoito noviças que haviam começado aquela aventura "nenhuma se perdera".
Em 29 de janeiro de 1887, o papa Leão XIII aprovava definitivamente o Instituto e, temporariamente, as Constituições pelas quais elas tinham lutado com denodo.
As Escravas espalharam-se rapidamente, e Rafaela dirigiu-as, com Maria del Pilar, nome que sua irmã adotara, como ecônoma geral, até 1893.
Neste ano, Irmã Maria del Pilar convenceu-se que a irmã errava muito na administração econômica, fez campanha e as Religiosas Conselheiras declararam a Madre Rafaela incapaz de governar a Congregação. Irmã Maria del Pilar substituiu-a no cargo; teve, deste modo, o gosto de ser Superiora geral durante dez anos (1893-1903).
Entregue à oração e às simples tarefas domésticas, nas quais soube traduzir o seu imenso desejo de ajudar o Instituto e a Igreja, Santa Rafaela Maria pode ver o crescimento daquela obra nascida do seu amor e fecundada pela sua dor. Sempre serena, acreditou contra toda a esperança no Deus fiel que levaria a feliz término a empresa que por meio dela e de sua irmã tinha começado.
No dia 6 de janeiro de 1925, Santa Rafaela morre santamente na casa de Roma, onde permanecera os últimos anos de sua vida. Depois de seu falecimento as autoridades eclesiásticas compreenderam o que se tinha passado; foi aberto o processo de sua beatificação.
Quase ao final da 2a. Guerra Mundial, um bombardeio americano atingiu o cemitério onde Madre Rafaela estava sepultada. Seu túmulo milagrosamente foi preservado e, ao fazerem a exumação de seus despojos, encontraram seu corpo incorrupto e flexível como se ela dormisse.
Pio XII beatificou-a em 1952 e Paulo VI canonizou-a no dia 23 de janeiro de 1977.
Fontes: www.aciportugal.org/content/view/44/33/ ; Santos de cada dia, Pe. José Leite, S.J.
http://heroinasdacristandade.blogspot.com.br/2013/01/santa-rafaela-maria-do-sagrado-coracao.html
quarta-feira, 5 de janeiro de 2000
São João Nepomuceno Neumann
São João Nepomuceno nasceu na Boêmia, atual Eslováquia, no dia 28 de março de 1811, filho de Felipe Neumann e Agnes Lebis. Freqüentou a escola em sua cidade natal e entrou para o seminário em 1831. Era autodidata, por isto, sua educação acadêmica foi aprimorada com o domínio e fluência de vários idiomas.
João completou a preparação para o sacerdócio em 1835. Desejava ser padre logo, porém o bispo suspendeu as ordenações, pelo excesso de padres nas dioceses da Boêmia. Mas João não desistiu. Aprendeu inglês trabalhando, e escreveu aos bispos dos Estados Unidos. A resposta veio do bispo de Nova Iorque. João abandonou a família e cruzou o oceano para ser sacerdote, atendendo ao chamado de Deus, numa terra nova e distante.
A diocese nova-iorquina possuía apenas três dúzia de padres para mais de duzentos mil católicos. Padre João recebeu uma paróquia onde a igreja não tinha torre e o chão era de terra. Mas isso não o preocupava muito, pois ele passava o seu tempo visitando doentes, ensinando e evangelizando.
Padre João tinha a intenção de participar de uma congregação, por isto procurou padres redentoristas, que se dedicavam aos pobres e abandonados. Foi aceito e ingressou na Congregação e se tornou o primeiro padre ordenado no novo continente a professar as Regras dos redentoristas na América, em 1842. Sua fluência de idiomas o qualificou para o trabalho na sociedade americana composta de muitas línguas, no século dezenove.
Em 1847 foi eleito pela Congregação o superior geral dos redentoristas nos Estados Unidos. João ocupou o cargo durante dois anos, quando a fundação americana passava por um período difícil de adaptação. Deixou a função com os padres redentoristas bem preparados para serem uma congregação autônoma, o que ocorreu em 1850.
O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia em 1852. Sua diocese era muito grande e se desenvolvia com muita rapidez. Por isto, decidiu introduzir no país a educação católica. Organizou um sistema diocesano de escolas católicas, fundou a congregação das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco para ensinarem nas escolas, que na sua diocese em pouco tempo duplicaram. Padre João construiu mais de oitenta igrejas durante o seu bispado, dentre elas iniciou a catedral de São Pedro e São Paulo.
Padre João Neumann era um homem de estatura pequena e de saúde frágil, mas sempre se manteve muito ativo. Além das obrigações pastorais, achou tempo para a atividade literária. Ele escreveu inúmeros artigos em revistas e jornais católicos; publicou dois catecismos e uma história da Bíblia para as escolas.
Ele morreu de repente enquanto caminhava pela rua de sua cidade episcopal. Era 5 de janeiro de 1860. O papa Paulo VI o beatificou em 1963 e foi canonizado pelo mesmo papa no dia 17 de junho de 1977, em Roma. Na cerimônia, assistida por uma multidão de fiéis americanos que fizeram a mesma rota marítima do Santo João Nepomuceno Neumann, só que em sentido inverso, o Papa decretou o dia 5 de janeiro para seu culto litúrgico.
terça-feira, 4 de janeiro de 2000
Beata Ângela de Foligno
A história da Beata Ângela, considerada uma das primeiras místicas italianas, poderia ser o roteiro de um romance ou novela, com final feliz, é claro. Transformou-se de mulher fútil e despreocupada em mística e devota, depois literata, teóloga e, finalmente, santa. A data mais aceita para o nascimento de Ângela, em Foligno, perto de Assis e de Roma, é o ano 1248. Ela pertencia à uma família relativamente rica e bem situada socialmente. Ainda muito jovem casou-se com um nobre e passou a levar uma vida ainda mais confortável, voltada para as vaidades, festas e recreações mundanas. Assim viveu até os trinta e sete anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua vida.
Num curto espaço de tempo perdeu os pais, o marido e todos os numerosos filhos, um a um. Mas, ao invés de esmorecer, uma mulher forte e confiante nasceu daquela seqüência de mortes e sofrimento, cheia de fé em Deus e no seu conforto espiritual. Como conseqüência, em 1291 fez os votos religiosos, doando todos os seus bens para os pobres e entrando para a Ordem Terceira de São Francisco, trocando a futilidade por penitências e orações. O dom místico começou a se manifestar quando Santa Ângela recebeu em sonho a orientação de São Francisco para que fizesse uma peregrinação a Assis. Ela obedeceu, e a partir daí as manifestações não pararam mais.
Contam seus escritos que ela chegava a sentir todo o flagelo da paixão de Cristo, nos ossos e juntas do próprio corpo. Todas essas manifestações, acompanhadas e testemunhadas por seu diretor espiritual, Santo Arnaldo de Foligno, foram registradas em narrações que ela escrevia em dialeto úmbrio e que eram transcritas imediatamente para o latim ensinado nas escolas, para que pudessem ser aproveitados imediatamente por toda a cristandade. Trinta e cinco dessas passagens foram editadas com o título "Experiências espirituais, revelações e consolações da Bem-Aventurada Ângela de Foligno", livro que passou a ser básico para a formação de religiosos e trouxe para a Santa o título de "Mestra dos Teólogos". Muitos dos quais a comparam como Santa Tereza d'Ávila e Santa Catarina de Sena.
Ângela terminou seus dias orientando espiritualmente, através de cartas, centenas de pessoas que pediam seus conselhos. Ao Santo Arnaldo, à quem ditou sua autobiografia, disse o seguinte: "Eu, Ângela de Foligno, tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitencia e conversão. A primeira foi me convencer de como o pecado é grave e danoso. A segunda foi sentir arrependimento e vergonha por ter ofendido a bondade de Deus. A terceira me confessar de todos os meus pecados. A quarta me convencer da grande misericórdia que Deus tem para com os pecadores que desejam ser perdoados. A quinta adquirir um grande amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu por todos nós. A sexta sentir um profundo amor por Jesus Eucarístico. A sétima aprender a orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava procurar e tratar de viver em contínua e afetuosa comunhão com Deus". Na Santa Missa, ela muitas vezes via Jesus Cristo na Santa Hóstia. Morreu, em 04 de janeiro 1309, já sexagenária, sendo enterrada na Igreja de São Francisco, em Foligno, Itália.
Seu túmulo foi cenário de muitos prodígios e graças. Assim, a atribuição de sua santidade aconteceu naturalmente, àquela que os devotos consideram como a padroeira das viúvas e protetora da morte prematura das crianças. Foi o Papa Clemente XI que reconheceu seu culto, em 1707. Porém ela já tinha sido descrita como Santa por vários outros pontífices, à exemplo de Paulo III em 1547 e Inocente XII em 1693. Mais recentemente o Papa Pio XI a mencionou também como Santa em uma carta datada de 1927.
Seu corpo está intacto á mais de 700 anos.
sábado, 1 de janeiro de 2000
Assinar:
Postagens (Atom)